sábado, 18 de outubro de 2014

O que rolou?? Semana Nacional de Ciência e Tecnologia



Ontem se encerrou a Décima Primeira Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SCNT) cujo tema desse ano se voltou para o social. Como educadores temos o dever de incentivar nossos alunos a serem críticos e orientá-los no desenvolvimento da capacidade de refletir sobre questões a sua volta de forma que possam tomar decisões conscientes como seres humanos e cidadãos. É disso que se trata essa semana. Abordar temas científicos e aplicá-los ao dia a dia de cada aluno. Fazer reflexões sobre o uso da tecnologia e seu desdobramento no âmbito social. dentre outros aspectos a SNCT se demonstrou como uma ótima oportunidade para que nas escolas fossem debatidos o uso da Ciência e da tecnologia como meio de inclusão social, desenvolvimento humano numa era de desafios sociais em que vivemos.


Nesse post iremos expor o que foi realizado ao longo da semana em cada escola participante do subprojeto e que possa inspirar e orientar nossos colegas a levantar esse tema ao longo das aulas de ciências. Ao fim do post você encontrará o link para download dos protocolos de cada atividade.

COLÉGIO ESTADUAL AUGUSTO CESÁRIO DIAS ANDRÉ


Oficina: Produção de Sabão.


 A ideia surgiu a partir da vontade de mostrar como podemos fazer a diferença se estivermos dispostos. Infelizmente pelo rumo que caminha a humanidade o ceticismo e a descrença são cada vez mais comum, mesmo entre os mais novos. Precisamos trazer a tona a esperança de um mundo melhor e de que juntos podemos somar esforços e fazermos mudanças. Além da atividade ser simples e prática, ela ainda tem como ponto positivo a descoberta de como é simples a fabricação de um sabão caseiro. Ao final da atividade o aluno poder levar o sabão que ele produziu a partir de óleo usado traz grande satisfação. 

Fotos:



Jogo de Tabuleiro Humano: Pensando a Cidade


 Essa atividade vem com a proposta de ser uma forma de reflexão sobre problemas sociais, políticos e ambientais que estão presentes em nossa comunidade. O Jogo foi montado basicamente em cima de algumas tarefas a serem realizadas pelos jogadores para poderem avançar no jogo. Tais tarefas eram na verdade, uma forma de pensar e refletir sobre os problemas que nos rodeiam quer seja na nossa rua, bairro, cidade etc.. Depois de pensarmos sobre quais problemas colocaríamos no tabuleiro acordamos em pegar os mais comuns: Esgoto a céu aberto, problemas de enchente, deslizamento de encostas, poluição de rios com plástico dentre outros. Mas o interessante desse jogo é que cada problema não foi apresentado de forma isolada, mas sim, dentro de um contexto. Por exemplo:

Estagiário: A Enchente. Estávamos em época de alto nível de precipitação de chuvas e os garis, devido a falta de condições adequadas de trabalho e como forma de lutarem por seus direitos civis, entrarão de greve. O que acontece se os garis entram de greve?
Aluno 1: Não tem quem rocalha o lixo da rua. 
Estagiário: Sim, e qual a consequência disso?
Aluno 2: O lixo se acumula ué...
Estagiário: E  quando chove, a água leva esse lixo acumulado para os boeiros e entope eles e aí....
Aluno 1: Aí alaga tudo. 

A partir desse diálogo tivemos chance de abordar o que aconteceu no começo desse ano na cidade do Rio de Janeiro e então discutir como as questões políticas se entrelaçam com as sociais, ambientais e de saúde como foi ressaltado por um aluno:

Aluno 3: E ainda tem a questão da leptospirose... Se tem enchente, a gente corre um grande risco de ficar doente!!

Dessa forma o jogo nos possibilitou abordar diversos temas de forma integrada e combater a fragmentação dos conceitos e visões muitas das vezes presentes nas cabeças dos alunos. Além de ter sido algo atrativo para eles por ter sido produzido de forma bastante atrante, com figuras, por ser colorido, pro ter atividades que eles deveriam produzir ( Como "reflorestar" um "morro"  feito de repolho coberto com papel pão com árvores de papel crepom e palito de dente dentro de 1 min. )


Fotos:









Fazendo chover: Experiência de chuva ácida.


Essa experiência é bem simples! O mais difícil de se arrumar é o enxofre que ao contrário do que dizem, não se acha em qualquer farmácia, apenas nas farmácias de manipulação. Mas, vale a pena o esforço. O efeito produzido da fumaça que sai do enxofre queimado na rosa é impressionante e desperta o interesse dos alunos e portanto, é uma forma de introduzir o assunto em sala de aula. No nosso caso, abordamos além do que é a chuva ácida, como ela se forma e conversamos sobre os efeitos da poluição e como ela está atrelada ao uso descontrolado e nocivo da tecnologia. Segue o link da experiência. 



Fotos:







Oficina de Modelagem para produção de Modelos Didáticos.

Como forma de interdisciplinariedade com a professora de artes, essa oficina propôs aos alunos literalmente colocarem a mão na massa. Foram realizadas 2 tipos de modelos didáticos. Com a turma do 8° ano um protótipo de fita de DNA, com as turmas de 7° ano modelos de fungo, especificamente Basidiomycota (cogumelos ). Uma estratégia para abordar como as ferramentas nos auxiliam a exercer nossas atividades. No caso, como aprender fica mais fácil a partir do uso de modelos didáticos e então a relação de cada atividade/ profissão como seus instrumentos e tecnologias.

Fotos:






OFICINA: VENDENDO NOSSO PEIXE ­ ATIVIDADES DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA E
REFLEXÃO SOBRE O MEIO EM QUE VIVEMOS.


Essa oficina é o trabalho do projeto de extensão, oferecido pela professora Rosana Lima e seus bolsistas discentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro  -Faculdade de Formação de Professores (UERJ/FFP)

“Nosso objetivo no Espaço Ciência é estimular o conhecimento da morfologia, fisiologia e da grande variedade de peixes que vivem a nosso redor. Para isso, desenvolveremos atividades de demonstração, investigação e experimentação sob estímulo de alunos do nosso curso de licenciatura. Trabalharemos com diversos tipos de material: cartilhas propiciarão um primeiro contato com os resultados de nossa pesquisa; modelos didáticos de diversos tipos de peixes e de outros organismos aquáticos mostrarão relações entre forma e função; um aquário permitirá aos visitantes observar alguns aspectos do modo de vida destes animais. Por fim, exemplares da nossa coleção didática e científica mostrarão parte dessa diversidade na “vida real”. (LIMA 2014)

O projeto salienta ainda a importância fundamental de realizar atividades que permitam aos alunos a releitura científica da realidade cotidiana, promovendo a ação de debates para novas opções de atitudes sociais da nossa realidade.
O encontro foi de muito entusiasmo, por ambas as partes. Os alunos do sétimo ano
ficaram eufóricos e curiosos com a presença daqueles diferentes exemplares de peixes, não hesitaram nos questionamentos e a oficina não deixou a desejar quanto à conscientização, o respeito e os deveres que possuímos em relação aos demais seres vivos e ao nosso meio ambiente. A atividade ficou organizada em cinco diferentes etapas, onde os alunos faziam rodízios entre eles para participar de toda a oficina. Os assuntos eram tratados de modo lúdico com jogos, maquetes, modelos de peixes com garrafas pet, demonstrando a estrutura interna
destes animais e também exemplares de filhotes de tubarão, o famoso peixe baiacu, cavalo marinho entre outros componentes da fauna marinha.
São projetos como este, que motivam os alunos a maior reflexão sobre as nossas
atitudes cotidianas, em como lidar com o meio ambiente e que podem trazer mudanças significativas em um futuro mais consciente. Os jovens devem ser vistos como a proposta de mudança e esperança, investir no conhecimento desses menores, de fato, é a base para uma sociedade com maior capacidade crítica para assuntos políticos e sociais.

Fotos: 








Protocolos das atividades para download: 



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